DOENÇAS RESPIRATÓRIAS - Itatiaiuçu decreta emergência em saúde pública por aumento de casos de SRAG
Medida, válida por 180 dias, permite adoção imediata de ações istrativas e assistenciais

Itatiaiuçu decretou situação de emergência em saúde pública em razão do aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no município. O decreto terá vigência de 180 dias, podendo ser prorrogado caso persista a situação de emergência.
Segundo o decreto publicado no final da última semana, o município registrou aumento significativo do número de casos de SRAG, sobrecarregando e gerando grande impacto nas taxas de ocupação dos leitos, acarretando necessidade de abertura de novos leitos.
Com o decreto, o Município fica autorizado a adotar medidas necessárias ao atendimento da situação emergencial, incluindo dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços destinados ao enfrentamento da doença, contratação de profissionais da saúde por prazo determinado e ampliação da carga horária dos contratos vigentes para os atendimentos caso necessário.
A circulação de vírus respiratórios e casos de infecções, como gripe, resfriado, bronquiolite e pneumonia aumentam com a chegada das estações mais frias. A Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) é uma condição séria, que pode evoluir rapidamente e exigir internação hospitalar. Os sintomas incluem febre, tosse e dificuldade para respirar.
O número de cidades mineiras que decretaram emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de SRAG têm aumentado consideravelmente. Alguns dos municípios são Belo Horizonte, Betim, Contagem,Santa Luzia, entre outros. No dia 2 de maio, o Governo de Minas publicou um decreto para o enfrentamento da crise sanitária no estado. O documento tem validade de 180 dias.
O estado enfrenta uma alta significativa de quadros de SRAG, impulsionada, principalmente, pela circulação de vírus como o sincicial respiratório e o influenza A. Nas últimas semanas, as internações pediátricas registraram um crescimento acelerado, assim como a demanda por leitos de UTI e enfermarias.
Grupos vulneráveis
Conforme alerta da Secretaria de Estado de Saúde (SES), crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis a doenças respiratórias e a identificação precoce de sinais de gravidade pode salvar vidas.
Segundo o subsecretário de Vigilância em Saúde da SES-MG, Eduardo Prosdocimi, é essencial estar atento aos sinais que indicam a necessidade de cuidados urgentes. “Em casos de febre alta, dificuldade para respirar, coloração arroxeada nos lábios ou extremidades, tosse com catarro espesso, confusão mental, prostração ou saturação de oxigênio abaixo de 94%, a recomendação é procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou hospital o quanto antes”, afirma.
Somente neste ano, Minas registrou mais de 100 mil atendimentos por infecções respiratórias nas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Desses, mais de 25 mil foram em crianças menores de 1 ano e idosos com mais de 60 anos. No mesmo período de 2025, o estado contabilizou 39.556 internações por SRAG. Do total de internações, 66,05% foram de crianças até 1 ano e pessoas com mais de 60 anos.
Vacina como prevenção
A SES ressalta a importância da vacinação como forma de prevenção. As vacinas contra a influenza e a covid-19 são medidas eficazes para evitar casos graves e mortes por SRAG, principalmente entre os grupos prioritários: idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com comorbidades.
“É muito importante que a população procure uma Unidade Básica de Saúde ou vacimóvel para atualizar a caderneta de vacinação. As vacinas são fundamentais para prevenir complicações”, destaca Prosdocimi.
Além da vacinação, medidas simples ajudam a reduzir a circulação de vírus, como higienizar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações em períodos de surto e utilizar máscara em caso de sintomas gripais.