RELIGIOSIDADE EM ITATIAIUÇU - 70% da população é católica

Brasil tem a menor parcela de católicos da história; evangélicos batem recorde. Espiritismo recua, religiões afro-brasileiras triplicam e cresce número de brasileiros sem religião

RELIGIOSIDADE EM ITATIAIUÇU - 70% da população é católica
Foto: Reprodução G1/IBGE 2022

Conforme dados do Censo Demográfico de 2022, 70% da população de Itatiaiuçu se declararam católicos, cerca de 7.952 pessoas no município. O catolicismo é predominante, inclusive, entre os grupos de pessoas brancas, pretas, pardas, indígenas e amarelas.

De forma geral, o levantamento mostra que o catolicismo segue como a religião com mais adeptos no Brasil, presente como grupo majoritário em mais de 5 mil municípios. No entanto, a proporção de católicos caiu ao menor nível da série histórica: 56,7% da população em 2022, contra 99,7% em 1872. Em 2010, esse grupo concentrava 65,1% da população.

Por outro lado, observou-se o aumento de pessoas que se declararam evangélicas, ando de 21,6% em 2010 para 26,9% em 2022. Em Itatiaiuçu, o número segue essa média, com 21,78% de adeptos (2.468 pessoas).

Em edições anteriores do levantamento, o IBGE chegou a divulgar subdivisões dentro de cada grupo religioso, destacando, por exemplo, quantos pertenciam à Assembleia de Deus, à igreja Batista, Metodista, entre outras denominações. Nesta edição, conforme divulgado pelo Instituto, ainda não é possível precisar se trará esse detalhamento em futuras divulgações.

Ainda de acordo com a pesquisa, a proporção de pessoas que se declararam sem religião em Itatiaiuçu foi de 4,53%. Em todo o país, foi registrado aumento entre 2010 e 2022, ando de 7,9% para 9,3%. Cerca de 0,92% se declararam espíritas; 0,15%, umbandistas e candomblecistas; e 2,38%, “outras religiosidades”. 

O Censo mostra ainda que a maioria das pessoas que se declaram evangélicas em Itatiaiuçu são mulheres (56,29%). Os homens lideram na religião católica (52,27%) e também na categoria sem religião (55,3%).

Mudanças históricas

“Em 150 anos de recenseamento de religião, muita coisa mudou no país e na sociedade como um todo”, comenta a analista responsável pelo tema, Maria Goreth Santos, referindo-se ao primeiro Censo. “Em 1872, o recenseador deveria assinalar cada pessoa como ‘cathólico’ ou ‘acathólico’, conforme grafia da época; não havia outra opção de religiosidade”, explica Maria Goreth. “Além disso, a população escravizada era toda contada como católica, seguindo a declaração do senhor da casa”.

Hoje, as informações sobre religião no Brasil contemplam variados grupos e subgrupos. “As transformações sociais têm resultado em modificações na metodologia do Censo ao longo de todas essas décadas. Códigos, banco descritor, estrutura classificatória e incorporação de novas declarações religiosas foram sendo necessários para retratar a diversidade religiosa no Brasil da forma mais fidedigna possível”, afirma Maria Goreth.

Outras particularidades

Outro dado interessante é que o perfil de evangélicos é composto por pessoas mais jovem em todo o país. Diferente do catolicismo, em que a maior proporção é entre pessoas mais velhas, entre os evangélicos, a maior proporção (31,6%) se encontra no grupo mais jovem, de 10 a 14 anos; e o grupo de 80 anos ou mais representou a menor proporção, com 19,0%. O grupo sem religião atingiu sua proporção máxima na faixa entre 20 e 24 anos (14,3%) e a mínima entre a população com 80 anos ou mais de idade (4,1%).

Em relação à população por cor ou raça, a pesquisa revelou que, entre as pessoas brancas, 60,2% se identificavam como católicas apostólicas romanas, 23,5% se identificavam como evangélicas, 8,4%, como sem religião, e 1,04%, da umbanda e candomblé. Entre a população preta, 49% se declararam católicas, 30% como evangélicas e 2,26% como umbandistas e candomblecistas. Já 55,56% da população parda se declarou católica, 39,35% como evangélica e 0,77% como da umbanda e candomblé. Entre a população indígena, 42,73% como católica, 32,23% como evangélica e 0,64% como da umbanda e candomblé.